O Ethereum pode chegar até dez mil dólares por unidade ainda nesse ciclo de bull market.
Vou te mostrar as razões que me levam a acreditar que isso é extremamente possível e até bastante provável.
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Por Que Acreditar no Potencial do Ethereum
Fala aí, tudo bem? Se você ainda não me conhece, sou Vinícius Bazan, especialista em ativos e trabalho e invisto nesse mercado há mais de oito anos, mais da metade do tempo de vida dele como um todo.
E, apesar de ser um mercado ainda bastante novo, esse é um mercado muito dinâmico, em que as coisas acontecem muito rapidamente, com muitas inovações a todo momento.
E até quando você para pra pensar, o Ethereum, que hoje, indiscutivelmente, é um grande ativo desse mercado — segundo maior ativo em valor de mercado, em market cap — não foi sempre assim. Até peguei alguns dados aqui do CoinMarketCap, porque fiquei curioso, né?
Quando foi que o Ethereum virou o segundo maior criptoativo do mercado?
Foi mais ou menos lá em 2016. Antes disso, havia outros ativos mais consolidados, como o próprio XRP da Ripple. E mais ou menos em março de 2016, o Ethereum chegou a essa segunda posição, colocou ali a bandeirinha, e de lá nunca mais saiu.
Para um ativo tão grande como esse, que tem uma vasta história no mercado de cripto e que mudou tanta coisa, você sempre espera que mais e mais coisas aconteçam.
Sempre esperamos também que o Ethereum possa performar melhor, ou seja, possa ter uma valorização superior à do próprio Bitcoin em bons ciclos de alta, no ciclo de bull market. Só que aí entram dois pontos.
Primeiro, que o Ethereum nunca chegou a dez mil dólares. Inclusive, no ciclo passado, havia uma grande expectativa do mercado que acabou não se concretizando, assim como o Bitcoin não chegou aos cem mil dólares.
Por outro lado, apesar de toda a relevância do Ethereum, ele foi talvez uma das decepções de 2023, porque grande parte do mercado esperava que houvesse uma valorização maior no ETH do que no BTC.
Comparação: Desempenho do Ethereum vs. Bitcoin em 2023
Em 2023, vimos uma boa recuperação no mercado. Vimos o Bitcoin sair das suas mínimas de quinze, dezesseis mil dólares e subir para mais de quarenta mil dólares.
Mas o Ethereum não teve uma performance tão boa quanto a do Bitcoin. E, mais para o final do ano, quando as coisas começaram a melhorar também para as altcoins, o Ethereum começou a querer se animar um pouco. Vimos outras altcoins performando melhor que o Ethereum, como foi o caso da Solana.
Solana, por exemplo, é vista como uma competidora do Ethereum por ser um projeto muito parecido em termos daquilo a que se propõe, embora siga um caminho diferente.
A Solana sofreu muito em 2022, depois de atingir valores exorbitantes no bull market, com a quebra da FTX, que, na época, era a segunda maior corretora do mundo.
Ela entrou em um processo de colapso que levou à falência da Exchange, que a Solana era muito vinculada à FTX. A Solana sofreu muito com isso, chegando abaixo de dez dólares naquela época.
E, conforme os temores em torno da FTX e todo o vínculo da exchange com o token foram se dissipando ao longo de 2023, no final do ano, tivemos um baita rali que levou Solana a mais de cem dólares.
E aí o Ethereum ficou meio que aquele cara “sozinho no meio da festa”. Por um lado, tivemos o Bitcoin performando melhor do que ele, o que não era esperado, e, por outro lado, as altcoins, como a própria Solana, tiveram uma performance ainda melhor, o que já era esperado.
Os Grandes Gatilhos que Podem Levar o Ethereum a US$ 10.000
No fundo, podemos pensar que, durante esses últimos dois anos, o Ethereum entrou em um certo limbo narrativo.
Ou seja, apesar de vários eventos extremamente importantes terem acontecido com o Ethereum, nada disso foi quente o suficiente para puxar o preço como o mercado esperava.
Mas, para mim, existem alguns gatilhos que podem, finalmente, levar o Ethereum a subir mais do que os demais criptoativos, mais do que o Bitcoin, e fazer com que ele chegue a dez mil dólares por unidade ainda nesse ciclo.
Para ser mais específico, são dois fatores que me levam a acreditar nisso. Mas, antes, quero fazer uma rápida retrospectiva com você para entender como chegamos até aqui.
Não é a primeira vez que temos narrativas em torno do Ethereum. Podemos voltar lá em 2014, no seu ICO, e lembrar as narrativas que permearam o Ethereum.
O grande diferencial do Ethereum, quando surgiu em relação ao Bitcoin, foi o fato de trazer os contratos inteligentes. Com isso, ele desbloqueou uma funcionalidade que permitiu o surgimento de várias aplicações.
Por isso, a primeira grande narrativa em torno do Ethereum foi a do computador global, ou até de um petróleo digital, porque o Ethereum nasceu como essa plataforma que eu gosto de pensar como a nova internet. Ou até mesmo, em uma analogia com a Apple, como se fosse a loja de aplicativos da Apple, em cima da qual você pode colocar sites ou aplicações para as pessoas usarem.
Quando você pensa numa infraestrutura que permite a criação de inúmeros produtos e serviços, desde financeiros até jogos, tudo aquilo que hoje você vê com DeFi, games e NFTs, tudo isso cria uma nova base de internet, que é a Web 3.0.
E a parte interessante disso é que o ETH é o grande combustível dessa máquina, e por si só, esse ativo deveria valer muito. Foi isso que impulsionou o Ethereum a ficar tão grande e levou o Ethereum à segunda posição em market cap.
Os anos foram passando, e tivemos alguns ciclos do mercado cripto até chegarmos nas grandes atualizações que foram colocadas à frente para o Ethereum.
Esse é um projeto muito extenso, com um roadmap de atualizações e melhorias que vai além de dez anos. Uma grande visão trazida por Vitalik Buterin, um cara que pode parecer estranho quando você olha para ele, mas é um grande gênio da atualidade.
E lá em 2022, tivemos a grande atualização do Ethereum, o Merge, ou “A junção”. Já vínhamos de algumas atualizações anteriores que estavam trazendo melhorias e mudanças para a estrutura do Ethereum, mas no Merge tivemos de fato um divisor de águas.
Poderíamos dizer que essa foi uma das maiores atualizações da história da tecnologia, porque transformou o Ethereum, que antes era um protocolo baseado em proof of work (como mecanismo de consenso, o mesmo utilizado pelo Bitcoin), em uma blockchain proof of stake.
O mecanismo é um pouco diferente: você coloca os seus ETH em stake, ou seja, “na reta”. Se você contribui com a rede validando as transações corretamente, é recompensado com um APR, um yield, que rende juros sobre esse tipo de investimento.
Se fizer algo errado, vem aquele tapa na cara chamado “slashing“, que corta sua posição.
Tivemos uma grande mudança no Ethereum, que ficou muito mais eficiente em termos de consumo energético e trouxe uma nova dinâmica para o próprio token.
O grande ponto é que o Ethereum, assim como o Bitcoin, tinha uma inflação pequena e controlada, mas a partir do Merge, o ETH se tornou deflacionário.
A quantidade de moedas disponíveis no mercado passou a diminuir ao longo do tempo.
Basicamente, existe uma dinâmica simples no Ethereum: você tem quantos ETH são criados a cada momento como recompensa do stake para quem valida as transações, e isso é fixo.
Por outro lado, os ETH são queimados e tirados de circulação conforme a atividade na rede aumenta. Quando há muitas transações, mais ETH são queimados, superando a oferta e emissão de novos ETH. Isso reduz a quantidade de ETH em circulação.
Se o Bitcoin é visto como um ouro digital, um ativo extremamente escasso, imagine um ativo que não só é escasso, mas que vai se tornando cada vez mais raro ao longo do tempo.
Isso trouxe ao Ethereum uma aura de grande ativo, algo que chamamos de “Ultrassound Money”, um dinheiro com grandes propriedades para valorizar cada vez mais.
Porém, isso não foi suficiente para disparar o preço do Ethereum. Em 2023, vimos que o Ethereum não subiu tanto quanto o Bitcoin, mas não podemos negar que o Merge foi um grande ponto de virada, transformando o Ethereum em um ativo gerador de renda e deflacionário, com mais e mais moedas sendo queimadas ao longo do tempo.
Para mim, esse é um ponto que deveria fazer o Ethereum valer muito mais. O mercado ainda não percebeu isso como deveria, mas é um gatilho que está em banho-maria e, ao longo do tempo, pode levar o Ethereum a patamares mais elevados.
Embora não tenha sido um golaço em termos de valorização, esses dois elementos, o supercomputador global e os contratos inteligentes, junto com o Merge, criaram uma grande dinâmica no Ethereum, tornando-o resiliente.
Ele atravessou bem o bear market de 2022, sendo o protocolo de primeira camada que menos caiu em termos de preço.
E aí tem um terceiro ponto e uma terceira narrativa pro Ethereum, que eu gosto de chamar de rollup house.
O Trilema Das Blockchains
Quando a gente pensa no Ethereum, ou qualquer outra blockchain como ele, temos que considerar o trilema das blockchains.
Ou seja, existem três pontos principais: segurança, descentralização e escalabilidade. O Ethereum é um protocolo bastante seguro e bastante descentralizado, mas a escalabilidade sempre foi o seu calcanhar de Aquiles.
Conforme o volume de transações cresce, ele acaba ficando bastante caro e lento.
Por isso, nos últimos anos, foram criadas outras soluções, conhecidas como soluções de escalabilidade.
Entre elas, as melhores, na minha opinião, são os rollups, que são basicamente segundas camadas do Ethereum.
Estou falando de Arbitrum, Optimism, Polygon, entre outras. São blockchains construídas em cima do Ethereum, onde você processa grande parte das transações, deixando para o Ethereum o trabalho de consolidação dessas informações.
Pensa, por exemplo, em um jogo que acontece na blockchain. Usar o Ethereum diretamente é muito caro e ineficiente.
Então, você passa esse jogo para uma segunda camada, como Polygon, Arbitrum ou Optimism. Lá, as transações acontecem de forma mais rápida e barata, e depois são consolidadas no Ethereum.
Essas segundas camadas permitem que o Ethereum atinja essa grande visão de ser um supercomputador descentralizado global.
Contudo, elas ainda não conseguiram resolver completamente o problema das taxas. Hoje, usar uma Arbitrum ou Optimism é realmente mais barato, mas ainda é bem mais caro do que usar concorrentes do Ethereum, como Solana ou Avalanche.
Apesar de todas essas atualizações no Ethereum e do surgimento dessas segundas camadas, a promessa de ser um supercomputador global ainda não foi realizada da forma como gostaríamos.
Vale lembrar que essas segundas camadas, sendo ativos menores que o Ethereum, têm um potencial ainda maior de valorização.
Gosto sempre de pensar em analogias com animais: você tem o Bitcoin, que é como um grande elefante, que se move de maneira mais lenta para se valorizar. Já o Ethereum é um pouco mais ágil, como um animal menor, e pode ter um potencial de valorização maior.
Esse é, inclusive, um dos motivos pelos quais acredito que o Ethereum pode chegar a US$ 10.000. Quando olhamos para ativos ainda menores que o Ethereum, eles são como lebres, que podem correr e disparar em momentos de mercado favorável.
Claro, investir nesses ativos menores tem seus riscos, então é preciso estar ciente do que está fazendo.
Agora, voltando ao Ethereum e ao porquê ele pode chegar aos US$ 10.000, existem dois grandes gatilhos que me levam a acreditar nisso: um técnico e outro relacionado ao mercado.
Primeiro Gatilho: As Atualizações Técnicas no Ethereum
Primeiro, o gatilho técnico. Ele está relacionado à esteira de desenvolvimento de atualizações previstas para acontecer no Ethereum nos próximos anos.
Após o Merge e outras atualizações recentes, temos uma grande atualização programada, conhecida como EIP-4844.
De forma resumida, essa atualização vai permitir que o Ethereum fique mais barato para transacionar, mais eficiente, e também trará ganhos de eficiência operacional para as segundas camadas.
Estima-se que essa atualização pode reduzir os custos das segundas camadas em uma ordem de 10 a 100 vezes.
Isso significa que o Ethereum, junto com suas soluções de escalabilidade, poderá competir diretamente com outras soluções baratas, como Solana e Avalanche.
Quando juntamos essas atualizações com o fato de o Ethereum ser o ecossistema dominante, com o maior número de usuários, desenvolvedores e o maior valor total depositado (TVL), tudo isso me leva a crer que o valor do Ethereum deve aumentar no futuro.
Segundo Gatilho: O Crescimento do Mercado e o Potencial ETF do Ethereum
Agora, o segundo gatilho está relacionado ao mercado. Antes de falar especificamente do Ethereum, precisamos entender como o mercado se move. O Bitcoin é o grande maestro desse mercado, ditando os rumos e a magnitude dos ciclos. Sabemos que o Bitcoin passa por ciclos de quatro anos, alinhados com os halvings, que trazem os bull markets e os bear markets.
Embora o Bitcoin não tenha atingido os US$ 100.000 no ciclo passado, chegou muito perto disso, e há um consenso no mercado de que, neste ciclo, ele pode superar os US$ 100.000, quem sabe até os US$ 200.000.
Se entendemos que o Bitcoin pode atingir esses patamares, o Ethereum, que tende a acompanhar o Bitcoin e, ao longo prazo, superar sua performance, também deve continuar subindo.
Além disso, temos gatilhos específicos de mercado para o Ethereum. Um deles é a aprovação de um ETF spot de Ethereum, assim como tivemos para o Bitcoin. Esse ETF deve trazer um grande fluxo de capital para o Ethereum, tanto pela narrativa quanto pelo próprio fluxo financeiro.
Vimos o que aconteceu com o ETF de Bitcoin no ano passado, quando ele começou a ser discutido e, depois, quase como uma certeza, foi aprovado.
O mesmo deve acontecer com o Ethereum, e acredito que essa aprovação deve ocorrer por volta de maio. Esse será um grande gatilho de valorização para o ETH.
O Ethereum Pode Realmente Chegar a US$ 10.000?
Quando falamos sobre o Ethereum chegar aos US$ 10.000, isso não é nada absurdo.
Se o Bitcoin pode multiplicar de três a quatro vezes, o Ethereum, que historicamente tem uma performance melhor no longo prazo, pode multiplicar de quatro a cinco vezes.
Considerando que hoje o Ethereum está em torno de US$ 2.500, uma valorização de quatro vezes nos leva a US$ 10.000.
Além disso, se olharmos para o mercado como um todo, no último ciclo, o valor total do mercado de criptomoedas chegou a cerca de US$ 3 trilhões.
Hoje, já passamos dos US$ 2 trilhões, e acredito que, neste ciclo, o mercado de cripto possa chegar a US$ 4 ou 5 trilhões, ou até mais.
Se o Bitcoin superar sua máxima histórica, o Ethereum também deve superar sua máxima, que foi em torno de US$ 4.800.
Portanto, chegar a US$ 10.000 seria basicamente o dobro da máxima anterior, um salto completamente factível dentro da evolução dos ciclos.
Por outro lado, assim como comparo o Bitcoin ao ouro, comparo o Ethereum a grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Apple e Google.
O Ethereum é como uma empresa que sustenta as bases de uma nova internet. Se o Ethereum chegar a US$ 10.000, isso representaria um valor de mercado de aproximadamente US$ 1,2 trilhão, algo bastante comum entre essas grandes empresas dominantes.
Portanto, não seria nada estranho ver o Ethereum se tornar um ativo trilionário, ao lado do Bitcoin, e atingir os tão esperados US$ 10.000.
Acredito que você entendeu que o Ethereum tem um grande potencial de valorização.
Quero voltar aqui em 2025 e ver que essa tese estava correta. Nos vemos na próxima, bons investimentos e um grande abraço.