Olá, seja muito bem-vindo a mais uma edição da Block Times.
Confesso: eu estava ansioso para escrever essa edição.
Afinal, não é todo dia que o Bitcoin renova suas máximas históricas.
Quer dizer, pelo menos não foi esse o caso nos últimos seis meses… entretanto, temos bons argumentos para que essa seja a “nova normal” a partir de agora.
Vamos lá: o que explica a máxima histórica do Bitcoin?
Eu posso falar de tanta coisa aqui para você: ETFs, mercado de futuros, conjuntura macroeconômica… mas a realidade é que o motivo verdadeiro é um só: a eleição americana, que acontece no próximo dia 5.
Já falei sobre isso no passado: o mercado de criptomoedas tem seu candidato, que é Donald Trump, e nas últimas semanas as probabilidades dele vencer subiram bastante em praticamente todos os canais especializados de mensuração.
Trump já prometeu mundos e fundos para o mercado de criptomoedas e soltou mais uma pérola essa semana: de acordo com ele, se o Bitcoin é dinheiro, não faz sentido o cidadão pagar imposto de renda para comprar um cafézinho pagando com BTC.
Em outras palavras, ele quer ACABAR COM O IMPOSTO DE RENDA EM CRIPTO.
De todas as suas promessas eleitoreiras, essa é de longe a com mais cara de jogar para torcida.
Se eu ligo? Claro que não, me manda mais, por favor!
Brincadeiras a parte, sem dúvidas a alta das últimas semanas é o mercado colocando nos preços uma vitória de Donald Trump (e se ele perder, não se surpreenda com uma reversão desse movimento, ao menos no curtíssimo prazo).
Eu admito que a eleição nos trouxe até aqui, mas independente do vencedor, ela é um assunto que será rapidamente esquecido.
Outras coisas vão nos levar aos próximos passos deste ciclo das criptomoedas.
E aqui as coisas ficam interessantes…
Em todos os meus anos no mercado financeiro, foram poucas as vezes onde eu vi uma confluência de tantos motivos favoráveis a uma alta dos ativos de risco.
Vou listar todos eles pra você:
- Os juros estão caindo: depois de três anos de aperto monetário, o BC americano fez seu primeiro corte de juros no mês passado. Muitos outros cortes virão e, historicamente, os ciclos de cortes de juros costumam ser sucedidos de 12 meses de altas excepcionais para ativos de risco (as exceções são quando acontecem crises econômicas e não há nenhuma no radar, pelo contrário).
- A inflação está controlada: a maior ameaça ao ciclo de corte de juros é o retorno da inflação. Em todos os mercados desenvolvidos ela está colapsando (ao mesmo tempo em que dados de crescimento econômico forte estão sendo apresentados nos EUA).
- A FTX vai repagar seus credores e clientes: há algumas semanas foi encerrado o acordo judicial para pagamento de ex-credores e clientes da FTX. Estima-se que cerca de US$ 15 bilhões serão devolvidos. Qual o destino mais óbvio deste capital? O mercado de criptomoedas. Essa quantia é tão grande que ela representa cerca de 80% de todo volume financeiro dos vendedores que assolaram o Bitcoin no começo do ano, como Mt. Gox, Governo Alemão, Governo Americano e tantas outras baleias.
- E claro, o Bitcoin está na sua máxima histórica: em ciclos passados, a máxima histórica do Bitcoin foi que abriu caminho para a temporada das altcoins, aquele período onde ganhas extraordinários são alcançados com tokens ainda menores e pouco conhecidos.
Com um pano de fundo desse, a máxima histórica do Bitcoin não é o fim; na verdade, ela é só o começo.
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Variações semanais
Gráfico da semana: mais um motivo para você ficar otimista
Eu poderia ter inserido mais um tópico no texto principal, falando sobre o influxo de recursos nos ETFs de Bitcoin, mas seria um pecado omitir um gráfico como esse.
Pois é… esse é o gráfico de entrada de recursos líquidos nos ETFs de Bitcoin.
Perceba, no canto direito dele, como as coisas estão começando a acelerar…
Foram US$ 3,8 bilhões apenas nos últimos 17 dias. O comportamento que começa a se formar é o mesmo do início do ano, quando o Bitcoin saltou de US$ 42.000 para US$ 73.000.
Não sei você, mas se eu fosse anotar todos os ingredientes desta edição e salvá-los como receita, ela provavelmente se chamaria “o doce dos 100k”.