Olá, seja muito bem-vindo a mais uma edição da Block Times.
Há tanto tempo nessa indústria, uma das coisas que a gente mais escuta é que cripto não serve para nada.
Confesso que, em meados de 2016, quando a gente entrou para esse mercado, não servia mesmo…
O Bitcoin (BTC), por exemplo, não passava de um grande exercício teórico, do tipo que só atraia acadêmicos e nerds: “ótimo, é possível ver exatamente o saldo de qualquer contraparte na rede do Bitcoin de forma transparente, imutável e sem fronteiras”;
E o que dava para se fazer com esse saldo? Bom, na época, nada…
Passados 9 anos, cripto encontrou seus usos de casos, sendo os dois maiores a especulação e as stablecoins (engraçado notar como um é o extremo oposto do outro).
Se eu falar sobre o primeiro, essa vai virar mais uma newsletter sobre memecoins e, apesar de eu ter novidades sobre isso, vou guardar essa carta na manga para outro dia.
Faço isso pois eu tenho quase certeza que você não sabe o quão relevante as stablecoins são hoje no mundo financeiro.
Dá uma olhada no que rolou essa semana:
Fonte: Coindesk
A Stripe é a fintech mais valiosa do mundo, avaliada em mais de US$ 60 bilhões.
E a Bridge é uma startup que não exatamente desenvolve uma stablecoin, mas que cria mecanismos de fazê-las circular de forma simples dentro e fora da blockchain.
Por exemplo, um dos maiores clientes da Bridge é a ScaleAI, uma das empresas mais “mão na massa” do segmento de inteligência artificial.
A ScaleAI vende aos seus clientes uma intermediação: ela subcontrata mão de obra especializada em países emergentes como Índia e Bangladesh e coloca essas pessoas para validarem e criarem nomenclaturas para bases de dados captadas por grandes empresas como Tesla, Uber e afins.
A ScaleAI é quem deixa as bases de dados boas o suficiente para se treinar modelos como o ChatGPT. Ou seja, eles fazem a parte menos glamurosa do serviço.
Todos os seus funcionários são pagos em stablecoins e esse dinheiro precisa deixar mercados desenvolvidos e regulados, como EUA e União Européia, e chegar a países emergentes como Bangladesh, onde a maioria das pessoas com o conhecimento necessário para isso, prefere ter sua renda dolarizada, ao invés de estar travada numa moeda nacional fraca.
As stablecoins permitem que pessoas em países pobres acessem uma moeda estável sem burocracia. Eles são exportadores de um produto chamado “estabilidade econômica”.
Esse mercado é tão grande que as stablecoins tem mais de US$ 100 bilhões de valor de mercado atualmente e empresas como a Paxos (USDT) e a Circle (USDC) estão hoje entre os maiores compradores de títulos públicos americanos.
Em breve, todos os checkouts de e-commerces, portais e outros serviços que utilizam a Stripe no mundo todo terão um botão para você pagar com stablecoins, diretamente da sua wallet favorita.
Neste ano, o PayPal também entrou na dança e a PYUSD (a stablecoin deles) está disponível para transações no aplicativo da PayPal e em redes como a Solana.
Com isso, eu quero te passar uma visão diferente do mercado cripto: enquanto as memecoins ganham as manchetes e afastam do mercado pessoas que se consideram “sérias demais para isso”, as stablecoins estão na miúda, construindo uma revolução no sistema financeiro internacional.
Nosso trabalho é te ajudar com a maior revolução digital da internet. A não ser, claro, que você seja sério demais para isso.
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Quero Saber MaisVariações semanais
Gráfico da semana: E se a Kamala vencer?
Faltam cerca de 2 semanas para a eleição presidencial americana.
Esse é, por motivos óbvios, o evento macroeconômico mais importante para os mercados nesta reta final de 2024 (sim, faltam 2 meses para acabar o ano).
Nas últimas semanas, Trump começou a subir forte nas pesquisas e, como ele, subiram também os mercados.
O S&P 500 fez novas máximas e o Bitcoin começou a fazer topos e fundos ascendentes pela primeira vez desde março (um excelente sinal para o mercado).
Trump e os mercados subindo juntos não é uma coincidência: ele é o candidato favorito dos investidores de renda variável.
Isso fica nítido no nosso gráfico da semana, que mostra o juros americanos subindo juntinhos com a probabilidade do topete ser eleito.
Em 2016, quando o Trump foi eleito, foi exatamente isso o que aconteceu: as ações subiram e a renda fixa caiu.
Esse é um tipo de cenário muito específico, porque o “pacote Trump” é composto de corte de impostos e com tarifas comerciais…
O último tem efeito inflacionário, enquanto o primeiro aumenta o déficit público. Juntos, eles forçam um juro de equilíbrio mais alto.
Ao mesmo tempo, os cortes de impostos aumentam na veia o lucro das empresas e fazem os mercados de renda variável subir.
Nas últimas semanas, o mercado passou a incorporar esse cenário nos preços dos ativos.
E o que acontece se, ao invés do topete, a Kamala Harris vencer a eleição?
Não invalida o ciclo, mas vai ser bem ruim no curto prazo.
Se ela vencer, o mercado pode devolver todos os ganhos das últimas semanas.
Se isso acontecesse, essa seria uma enorme oportunidade de compra, pois apesar do mercado preferir Trump, a opinião de todos sobre Kamala é bastante neutra (não ajuda, mas não atrapalha – pelo menos, do ponto de vista de mercado de capitais.)
Em resumo, isso é tudo o que você precisa saber entre os mercados e a eleição americana, em duas semanas.
Nos vemos na próxima edição da BlockTimes. Se você quer ler as edições anteriores, pode clicar aqui e acessar nosso acervo.